sábado, 24 de abril de 2010

Manifesto contra o Pão na Chapa Prensado.

Lanço aqui meu Manifesto contra o Pão com Manteiga na Chapa Prensado.
Todas as manhãs de sábado as quais trabalho, tomo café da manhã em padarias e sempre saio indignada com a reação do balconista, pois ao certificar-se que peço um pão na chapa não prensando, me olha feio, com uma cara brava. É como se eu estivesse cometendo um crime, ou chingando minha mãe, costumo olhar desta forma pra alguém quando presencio maltratos a idosos ou crianças e claro quando vejo alguém sem educação jogando papel no chão.
Porém, esta cena geralmente ocorre em todas as padarias ou bares os quais faço o pedido. Por muitas vezes os chapeiro enraivecido com meu pedido, deixa o pão tostar tanto, até ficar duro, como se fosse um pedaço de bambu seco.
Isso me leva a pensar...
Por que temos que seguir os modismos impostos ditatoramente e aceitar comer um pão duro, seco e com gosto de chapa queimada?
Certa vez Li em uma revista de gastronomia, o artigo de um colunista (Celso Arnaldo Araújo) que também estava demonstrando sua indignação a quanto ao fato de não podermos beber um refrigerante sem gelo e limão em determinados bairros da cidade.
Já reparam que quando pedimos um refrigente ao garçom ele já traz o copo com gelo e limão, ou laranja?
No artigo ele conta uma possível história do pão na chapa prensado tenha surgido, "quando um chapeiro de alguma padaria da cidade, perdido com tantos pedidos diferentes, deve ter colocado sem querer um objeto pesado sobre um pão que crepitava na chapa. Uma cumbuca de feijoada, talvez. Quando percebeu, já era tarde, mas o cliente estava com pressa e, como era veterano na casa, foi servido assim mesmo. Pois, o cara, surpreendentemente, gostou daquele pão amassado e seco, uma mera folha de pão que não dá nem jeito de segurar na mão para morder, no qual a manteiga praticamente se perdeu, tão recassecado ficou o produto. Mas pelo fato de ter gostado o cliente voltou à padaria no dia seguinte e já foi gritando para o chapeiro solta um prensado".
A coisa pegou e como todo mal rapidamente se espalhou pela cidade.
Hoje se pedimos um pão com manteiga, o chapeiro logo coloca automaticamente um ferro de 20 quilos em cima do pão, é praticamente impossível pedir um pãozinho com manteiga e não receber uma palmilha de sapato ressecada, sem consistência de pão.
Sei que não estou sozinha nesta luta por um pão com manteiga na chapa justo, principalmente numa manhã chata em que temos que nos abastecer para o trabalho.
Quero um pão na chapa não prensado como este da foto publicada na Folha, com direito a não ser condenada por maus olhares como se estivesse cometendo uma infração de trânsito ou crime!

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